ANP indica novo aumento nos combustíveis e valor de três dígitos para gás

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou relatório em que indica, pela primeira vez na história, um valor de três dígitos para o gás de cozinha. Na semana passada, o preço médio era de R$ 100,44, variando de acordo com a região.

Essa alta está ligada ao reajuste de 7,2% no Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) feito pela Petrobras no início do mês.O valor mais alto foi registrado no Norte do país, seguido da região Centro-Oeste — R$ 106,10 e R$ 105,40, respectivamente. Em cidades como Sinop, no Mato Grosso do Sul, o valor praticado para uma botija de 13 kg chega a R$ 135.São duas as regiões em que os valores estão mais amenos, mas não mais baratos. No Sudeste, o produto pode chegar até R$ 98,86; no Nordeste fica em R$ 98,34.

O GLP não foi o único a sofrer mudanças no valor, o mesmo reajuste foi feito para os combustíveis. A gasolina teve aumento de 3,3%, acompanhado do etanol que subiu 0,92%, registrando, assim, uma alta de 3,57% no preço médio mensal do combustível brasileiro.

A gasolina está acima de R$ 7 o litro, em seis estados do país: Acre (R$ 7,30), Mato Grosso (R$ 7,04), Minas Gerais (R$ 7,17), Rio Grande do Sul (R$ 7,49), Rio de Janeiro (R$ 7,39) e Piauí (R$ 7,15). O valor mais alto registrado é de R$ 7,499 o litro, em Bagé, no Rio Grande do Sul; e o mais baixo é de R$ 5,299 em Cotia, São Paulo.

Também na semana passada, os preços médios do etanol subiram em mais da metade do país. Em 18 estados mais o Distrito Federal, o acréscimo foi de 0,92% nas bombas, fazendo com que o litro passasse de R$ 4,775 para R$ 4,819. O maior preço praticado foi no Rio Grande do Sul.

Apesar da alta generalizada, oito estados recuaram. A Petrobras informou ainda que nas próximas semanas poderão haver novos aumentos, pois os preços internos dos derivados de petróleo e gás natural não estão completamente alinhados aos do mercado internacional.

Auxílio-gás

Na terça-feira (19) foi votado, no Senado, o projeto de lei Programa Gás para os Brasileiros, de autoria de Eduardo Braga (MDB-AM). O incentivo, segundo o parlamentar, é uma forma de tentar equilibrar a dissonância entre os preços médios do gás de cozinha e a realidade das famílias brasileiras de baixa renda.

A ideia é que o governo federal ofereça 50% do valor da botija de 13kg, a cada dois meses, durante um período de cinco anos, às famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico ou que tenham um dos membros da residência inscritos no programa.

O subsídio será entregue preferencialmente às mulheres que sofreram violência doméstica ou que estão amparadas por medida protetiva.

O recurso virá dos dividendos pagos pela Petrobras para a União e o bônus de assinatura das rodadas de licitação de blocos para a exploração e produção de petróleo e de gás natural. O texto irá para votação na Câmara dos Deputados.

Redação

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do SeuJornal, não significa que foi escrita por um deles, na maioria dos casos, foi apenas editada.
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