Escolas de Piracicaba estão sem material de limpeza e 15 sem gás e merendeiras

As 54 escolas estaduais de Piracicaba estão sem produtos de limpeza e EPIs (equipamentos de proteção individual) para os funcionários. Desse total, 15 unidades enfrentam a falta de gás e estão sem merendeiras.

As profissionais estão com salários e outros benefícios atrasados pela empresa Especialy, contratada pelo Governo do Estado para oferecer alimentação aos cerca de 30 mil alunos da rede estadual em Piracicaba. 

A questão salarial já foi denunciada e as merendeiras chegaram a paralisar as atividades. O Estado interveio e a empresa prometeu regularizar a situação. Os problemas, além do impasse com as profissionais, foram divulgados pelo presidente do CAE (Conselho de Alimentação Escolar) de Piracicaba, Tiago da Silva Fainer.

Nesta quinta-feira (17), o conselheiro enviou ofício à empresa questionando e cobrando informações sobre as irregularidades apontadas pelas merendeiras. Segundo Fainer, a preocupação foi transmitida ao CEAE – Conselho Estadual de Alimentação Escolar do Estado de São Paulo.

“A questão é que a Seduc (Secretaria de Educação) no que diz respeito a essa questão ainda não deu qualquer resposta. A Diretoria de Ensino de Piracicaba tem atuado mais fortemente nessa questão”, afirmou o conselheiro. 

Segundo ele, como 98% das escolas de Piracicaba são PEI (Programa de Ensino Integral), os alunos estão sendo liberados mais cedo (12h45) com merenda seca. 

A deputada estadual Professora Bebel (PT), que também é presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino do Estado de São Paulo), enviou nesta quinta-feira ofício ao secretário estadual da Educação, Hubert Alqueres, solicitando as providências cabíveis em relação à empresa Especialy. 

No documento, Bebel ressalta que escolas estaduais da região enfrentam problemas com a alimentação escolar, tendo em vista que esta empresa deixa faltar gás nas unidades, assim como já foi responsável por duas greves de cozinheiras por falta de pagamento, não fornece equipamentos de proteção individual aos funcionários, não fornece produtos de limpeza conforme contrato, e comete uma série de outras irregularidades, “num flagrante abuso que causa transtornos e prejuízos às comunidades escolares e ao Estado.

 A Secretaria de Educação do Estado informou que a Diretoria de Ensino de Piracicaba notificou formalmente a empresa pelo descumprimento do contrato e está adotando todas as medidas necessárias para regularização do serviço junto às escolas. Nenhum aluno ficou sem alimentação e as aulas seguem normalmente.

Conforme prevê o contrato, em razão do descumprimento a empresa poderá sofrer sanções administrativas e legais, conforme prevê a legislação vigente.

Fonte: Jornal de Piracicaba

Redação

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