Ex-prefeito de Tietê, Manoel David, é preso em operação da PF

O ex-prefeito de Tietê (SP) Manoel David Korn de Carvalho foi um dos suspeitos presos na manhã de segunda-feira (3) pela Polícia Federal, com apoio do Departamento Penitenciário (DEPEN), na Operação Tempestade.

Manoel David já teve os direitos políticos suspensos por oito anos e, em 2018, foi nomeado diretor de área em Sorocaba (SP) pelo então prefeito José Crespo, depois de ficar à frente da Prefeitura de Tietê no mandato entre 2013 e 2016.

O ex-prefeito ocupa atualmente o cargo de diretor da Inova, uma empresa prestadora de serviço para o Parque Tecnológico de Sorocaba. Ele foi nomeado em fevereiro deste ano.

Em nota, a prefeitura disse que o Parque está em contato com a Inova para se informar sobre o assunto. Já a Inova informou que “os fatos noticiados na operação Tempestade não possuem nenhuma relação com a entidade”, e que as “providências administrativas estão sendo tomadas”.

Ao site  G1, a defesa afirmou que “Manoel David Korn de Carvalho sempre teve uma reputação ilibada e não tem contra si quaisquer antecedentes criminais. A sua atuação, seja no setor público ou no setor privado, sempre se pautou pela ética e legalidade”.

A defesa do ex-prefeito de Tietê diz que ordem de prisão preventiva é “totalmente ilegal, desproporcional e precipitada”.

“Não há qualquer fundamentação que justifique a prisão. A inocência dele será comprovada ainda na fase policial, até mesmo para estancar quaisquer dúvidas que surjam sobre as imputações que lhe foram direcionadas”, completa.

Operação Tempestade

Esta é a segunda fase da Operação Rei do Crime, que desarticulou um núcleo financeiro responsável pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção.

De acordo com a Polícia Federal, além do sequestro patrimonial e bloqueio de valores, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária, interdição judicial de seis empresas e 22 mandados de busca e apreensão, distribuídos entre São Paulo, Tietê, Guarujá, Rio de Janeiro e Brasília.

A investigação tramita na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

A investigação da PF identificou e sequestrou de valores no valor aproximado de R$ 30 milhões em imóveis, veículos e interdição de seis empresas e o bloqueio de valores em contas das pessoas físicas e jurídicas no limite de R$ 225 milhões. Segundo informações fornecidas pelo COAF, o grupo investigado realizou operações financeiras superior a R$700 milhões.

Segundo a PF, o núcleo financeiro identificado atuava em benefício de facção criminosa e desenvolvia atividades voltadas à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção. O grupo, segundo a polícia, fazia a entrega física do dinheiro.

A investigação apontou um esquema de abertura de empresas falsas que eram utilizadas como “cortina de fumaça”, para a realização de depósitos de valores em uma instituição financeira.

Fonte: G1

Redação

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