Ministério da Infraestrutura não reconhece greve dos caminhoneiros

A paralisação nacional dos caminhoneiros, prevista para a próxima 2ª feira (26.jul), não preocupa o Ministério da Infraestrutura. Segundo a pasta, o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), que está à frente do movimento, não representa o setor de transporte rodoviário de cargas autônomo.

“Nenhuma associação isolada pode reivindicar para si e falar em nome do transportador rodoviário de cargas autônomo. Incorrer neste tipo de conclusão compromete qualquer divulgação fidedigna dos fatos referentes à categoria”, completa o ministério, em nota.

A manifestação tem apoio da Associação Nacional de Transporte no Brasil (Antb), de caminhoneiros autônomos e de regiões como a Baixada Santista e Goiás, e da Galera da Boleia da Normatização Pró-Caminhoneiro, que não apoiou a greve convocada em fevereiro deste ano. No entanto, o movimento ainda enfrenta resistência por grupos da categoria como a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (Cnta).

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Em vídeo publicado nas redes sociais, o Diretor Presidente do CNTRC, Plínio Dias, explica que a pauta trabalhada para o protesto é a mesma de fevereiro – quando os caminhoneiros tentaram levantar uma greve, mas não obtiveram apoio suficiente – abrangendo assuntos como a redução do preço dos combustíveis, a efetivação do piso mínimo e a liberação de pedágio para veículos sem carga. Dias ressalta ainda que desde fevereiro o grupo “fez cerca de 387 protocolos, nos quais todos os órgãos competentes foram notificados”, mas não obtiveram resposta.

Segundo ele, a última reunião foi com o presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, em junho, poucos dias antes de a estatal anunciar um novo aumento no valor do diesel. Já com o ministro Tarcísio de Freitas, que lidera o Ministério da Infraestrutura, Dias disse que não fala desde setembro de 2020. “O governo não nos chamou para conversar e não reconhece as pessoas que estão na liderança dos caminhoneiros. O ministro Tarcísio ignora pessoas que fazem parte da categoria e conversa com apenas um grupo dos caminhoneiros.”

A manifestação dos caminhoneiros está agendada para o domingo (25.jul), quando é comemorado o Dia do Motorista, e a paralisação para o dia seguinte. A continuidade da greve vai depender da adesão das entidades.

Redação

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