Prefeito de Mombuca é investigado por nomear o pai e a esposa em cargos comissionados

Segundo notícia do Jornal O Semanário, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) abriu uma ação civil para investigar o ato de improbidade administrativa, cometido pelo prefeito de Mombuca, Rogério Ap. Alcalde (Formiguinha).

A denúncia foi ajuizada pela Promotoria de Justiça de Capivari e se baseia na prática ilegal, conhecida como Nepotismo.

Antonio Jesus Alcalde Furlan, pai do prefeito Formiguinha, figura no quadro de servidores da Prefeitura de Mombuca, no cargo de Chefe de Gabinete e com salário bruto mensal de R$ 5.301,93.

O mesmo acontece com a esposa do chefe do Executivo, Valdete Batista Martin Scareli, que ocupa o cargo comissionado na função de Diretora Geral de Repartição Pública, com salário bruto mensal de R$ 5.551,56. As informações são do Portal da Transparência do município.

O Nepotismo ocorre quando um agente público usa de sua posição de poder para nomear, contratar ou favorecer um ou mais parentes.

O nepotismo é vedado, primeiramente, pela própria Constituição Federal, pois contraria os princípios da impessoalidade, moralidade e igualdade.

Uma liminar, determinando o bloqueio de bens do pai e da esposa do prefeito Formiguinha, foi concedida pelo Judiciário. Para um deles, o valor bloqueado foi de R$ 47.252,67. Já para o outro, a decisão judicial engloba R$ 46.693,83.

Os montantes fazem referência à necessidade de reparação do dano causado aos cofres públicos, em caso que, de acordo com o promotor de Justiça, Luis Felipe Delamain Buratto, configura nepotismo.

Para Buratto, a contratação dos dois parentes para cargos comissionados representa nítida afronta a princípios do Direito Administrativo e Constitucional.

No mérito, o membro do MPSP requer a condenação dos três envolvidos, de acordo com a Lei 8.429/92 e a fixação de indenização por danos morais coletivos em favor do município de Mombuca, em valor não inferior a R$ 30 mil.

Em nota, Formiguinha disse que respeita a decisão, porém, discorda, “com entendimento, de que os cargos em questão, com status ou nível de secretariado, configurem nepotismo, a teor da Súmula 13 do Superior Tribunal Federal (STF).”

Segundo a assessoria da Prefeitura de Mombuca, o prefeito determinou, “como medida de boa fé e zelando pelo erário público, a imediata exoneração dos dois funcionários citados”.

Rogério Alcalde afirma que a legalidade dos atos será defendida nos autos, confiando no posicionamento final favorável da Justiça.

Redação

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do SeuJornal, não significa que foi escrita por um deles, na maioria dos casos, foi apenas editada.
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